segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cena (ou, quase-Pasárgada)

Estou sentado à beira da praia

Que não existe na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Que não existe na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia,

Vejo a música do vento

Que não toca na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Que não existe na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Que não Existe na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Que não existe na minha cidade


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Enquanto penso, repenso, reflito

‘Não existo na minha cidade’


Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Enquanto penso, repenso, reflito

‘Não existo na minha cidade

Ou, não existe a minha cidade?’


Cena (ou, quase-Pasárgada)

Estou sentado à beira da praia

Que não existe na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Que não existe na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia,

Vejo a música do vento

Que não toca na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Que não existe na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Que não Existe na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Que não existe na minha cidade

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Enquanto penso, repenso, reflito

‘Não existo na minha cidade’

Estou sentado à beira da praia

Meus pés roçando a areia

Vejo a música do vento

Invejo a eternidade do momento

Nas polivozes interrompidas de Deus

Rezo saudades do amigo

Enquanto penso, repenso, reflito

‘Não existo na minha cidade

Ou, não existe a minha cidade?’

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma qualquer coisa com característica piramidal.

Tudo parece mais normal quando fica pra daqui a pouco.

O presente é tão factível que vem com a mão de encontro à nossa face,

E o que vem........? O que vem, vem vindo e vai ficando pra daqui a pouco.


A vida cata instantes

(Ou coisas desse tipo).

E como é tal o caso

De viver ser um verbo

Que se conjuga no presente

A vida passa a ser, além de vida,

O futuro que se pressente.


Todas as vozes que cantam mundo afora, causando admiração:

Todos os termos usados duas ou um milhão de vezes em toda canção:

Tudo já foi visto, tudo já foi estudado, tudo é nunca mais e é pra sempre.


O novo é o velho travestido.

Tanto que canto o que já foi dito,

Tanto que falo o que já está escrito.

Meço, remeço, e desfaço o concreto.

O belo satisfaz no encontro de seu elo

(O feio é belo, elo belo do feio meio belo):

A medida mais confiável é o espelho.


Todos os dias eu penso em mudar, mas o mundo me para com suas mãos frias.

Os caninos em brasa do destino teimam em rasgar minhas costas, meu peito.

E eu só posso fingir que não sinto nada! Eis o inferno! O temido inferno, meus caros!