quarta-feira, 13 de julho de 2011

De repente

Sou habitante por hábito

Gente como todas as gentes

Nos conformes, mas informo

De repente:

Quero a solidão ao amor

Quero estar sozinho

(na companhia que for)

Quero o hálito da serpente,

De repente.

Nas dores, concentro

Quero andar a passos curtos

no Centro,

Esquecer a pressa e sem mais

Olho por olho, dente por dente,

De repente...

E entre o texto e o que penso

Passear pelo intenso

Com uma rima pobre à frente,

De repente!

Mas ao cair da tarde disforme

Ao perceber o sonho distante

Ver o hábito do presente

Decadente...

De repente?

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