Olho o babaca de frente ao espelho
O babaca que diz que é poeta
Que olha pra cima:’Creio? Não creio?’
Olho pelos olhos do babaca
Que enxergam o chão e só o chão
Vejo de cima, como se não fosse o babaca
Um babaca ajoelhado e suas lágrimas de crocodilo
O babaca penso e não penso
Com os olhos vermelhos de remédio pra dormir
Com as mãos inseguras de falta de remédio para alma
Olho o babaca de frente ao espelho
E ele se reduz a ermo e meio-termo
O babaca que eu quase não vejo,
De frente ao espelho.
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