domingo, 6 de março de 2011

O babaca

Olho o babaca de frente ao espelho

O babaca que diz que é poeta

Que olha pra cima:’Creio? Não creio?’

Olho pelos olhos do babaca

Que enxergam o chão e só o chão

Vejo de cima, como se não fosse o babaca

Um babaca ajoelhado e suas lágrimas de crocodilo

O babaca penso e não penso

Com os olhos vermelhos de remédio pra dormir

Com as mãos inseguras de falta de remédio para alma

Olho o babaca de frente ao espelho

E ele se reduz a ermo e meio-termo

O babaca que eu quase não vejo,

De frente ao espelho.

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